É fato que todos os colaboradores que estão em uma empresa sofrem com cobranças, prazos, metas, entregas e outros fatores que contribuem para o estresse e, dependendo no nível da pressão, podem piorar o psicológico do time inteiro e, em casos mais graves, levar a quadros de Burnout, depressão e ansiedade crônica.
Com as funções de gerenciamento de equipe, o profissional encarregado da gestão de equipe acaba priorizando o cuidado com a equipe e os processos da rotina diária ao invés de cuidar de si mesmo. Isso faz com que o estresse vá acumulando e a saúde mental fique mais precária e as chances de desenvolver um quadro crítico aumenta significativamente.
Além de lidar com as próprias demandas, metas e entregas, os líderes de uma empresa precisam garantir a produtividade das equipes, mediar conflitos, oferecer suporte para o desenvolvimento dos trabalhos e, ainda, construir uma boa integração entre os membros de seu time.
Essas funções "a mais" que os gestores acumulam são recompensadas de algumas maneiras, no entanto, essas pessoas ficam mais propensas a sofrer com excesso de estresse. Podemos somar a esses fatores externos todas as questões internas com as quais os líderes têm de lidar, como autocobrança, perfeccionismo e ansiedade, sentimentos que são comuns a pessoas que possuem mais responsabilidades.
E, segundo a pesquisa “Saúde mental nas empresas: qual a percepção de líderes e liderados?” realizada pela Vittude em parceria com o Opinion Box, apenas 6% dos líderes acham importante demonstrar vulnerabilidade no ambiente de trabalho.
Segundo esses gestores, se mostrar “frágil” perante a equipe pode ser um sinal de falta de capacidade para a posição que ocupa. No entanto, a falta de fraquezas torna uma pessoa menos acessível e menos próxima ao restante da equipe e isso afeta diretamente na harmonia e integração entre o pessoal.
Qual a importância que o líder da para saúde mental?
Outro ponto importante que podemos observar na pesquisa é que os líderes, em geral, não estão tão preocupados com a saúde mental (própria ou do colaborador) quanto o restante do time.
Isso fica visível quando vemos a conclusão de que 41% dos colaboradores da equipe sofrem com estresse ou ansiedade por causa do trabalho e 3 em cada 10 profissionais acreditam que seu chefe está próximo de um colapso ou burnout.
E as respostas diferem grandemente, quando observamos respostas a perguntas iguais. Por exemplo: 83% dos gestores atestam oferecer boas condições para a equipe obter equilíbrio entre vida pessoal e profissional, mas apenas 50% concordam com a afirmação. Além disso, 25% dos liderados têm líderes tóxicos e não se preocupam com a saúde mental do time.
Todos esses aspectos são uma demonstração de como as lideranças de empresas não estão conversando com os membros de sua equipe. A falta de comunicação e sinergia é um fator essencial para um ambiente de trabalho menos estressante e para a segurança psicológica dos profissionais.
Em cenários nos quais não há comunicação entre líderes e time, o vínculo criado entre colaborador e empresa não é tão estreito. É importante que os gestores se coloquem como pessoas que estão ali também para oferecer suporte em questões que vão além dos projetos profissionais. Dentro do estudo conduzido, a maioria dos profissionais em posição de liderança acreditam oferecer as melhores condições para que sua equipe cuide da saúde mental, mas apenas metade dos membros da equipe sentem que isso é real.
Quando profissionais que não acreditam na importância de cuidados com saúde mental e não cuidam de si mesmos, a tendência é que eles não valorizem mesmo esse tipo de cuidado para o restante da equipe.
O que fazer para ajudar seus líderes a cuidar de si?
Não é de hoje que o mercado mostra que uma boa liderança é aquela que dá o exemplo de como seus colaboradores podem se comportar. E, que, além de somente supervisionar os trabalhos em geral, o líder também deve zelar pelo bem-estar de seu time.
Contudo, essa responsabilidade não é, e nem deve ser, unicamente dos gestores. A área de Recursos Humanos precisa explicar para as pessoas em posição de liderança que a saúde mental é essencial para a capacidade de produção dos colaboradores e para a própria produtividade deles mesmos.
Para conseguir conscientizar todos os líderes da empresa, o ideal é que se promova uma mudança geral de cultura, por meio de ações como: rodas de conversa, palestras, materiais educativos que falem sobre educação emocional e cuidado com a saúde mental de todos.
Além disso, oferecer benefícios específicos para cargos de liderança, já que eles precisam de cuidados que não só envolvem a própria saúde mental, mas também o psicológico do restante do time.
Dessa maneira, tanto os líderes, quanto os colaboradores na empresa terão mais saúde psicológica e muito mais bem-estar no ambiente de trabalho. Quer investir em cuidados para a saúde mental do seu time? Entre em contato com a Proativa!
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